domingo, 9 de dezembro de 2012

Carta à minha mãe
(Trabalho realizado pela aluna Flávia Ferreira do 9ºC, no âmbito do debate sobre o aborto.)


Olá mãe!
Já estou cá dentro há dez semaninhas e estou muito feliz mas ao mesmo tempo ansiosa para sair daqui…
A cada dia que passa descubro coisas novas em mim mãe, já mexo as mãozinhas e os pezinhos… só me apetece brincar, saltar e pular! Adormeço a chupar no dedo e a minha carinha está a formar-se, o meu coração bate com tanta força que, por vezes, parece que vai rebentar comigo, pois sou frágil, mas não me preocupo, pois sei que é um sinal de que estou saudável. Eu sei que não sou desejada mãe, sei que és bastante nova, mas por favor, dá-me uma oportunidade de ser uma grande menina, de te ter comigo e abraçar-te, oportunidade de conhecer o mundo lá fora, oportunidade de te ajudar e dizer-te baixinho, ao ouvido: “obrigada por tudo mãezinha, adoro-te!”. Vai ser tão bom mãe!
Vá, acredita que consegues e que o nosso amor vai deitar abaixo todas as barreiras. Eu sou pequenina mãe, não me sei defender, não posso gritar pois ninguém me vai ouvir, não posso chorar porque ninguém me vai enxugar as lágrimas, eu vou sofrer se me quiseres matar, também não gostavas de te sentir assim! Pronto, tenho soninho e vou nanar.
Só te peço uma coisa…
Nunca desistas, porque quem desiste é fraco e tu és grande e forte minha mãe, eu estou e estarei aqui à espera de um dia me poderes ter em teus braços, eu vou ajudar-te sempre!... ADORO-TE  mãezinha!

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